PLANTA BAIXA DE ARACAJU, EM 1860,
ANO DO NASCIMENTO DE AFONSO PIRES RAMOS
POPULAÇÃO: 5.000 ALMAS
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Nasceu em Aracaju, no dia 13 de julho de 1860, sendo seus pais Ângelo Pires Ramos e Josefina Pires Ramos.
Fez o curso de humanidades na cidade do Salvador.
Em 1877, ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, onde cursou os primeiros anos do curso médico. Transferido para o Rio de Janeiro, graduou-se pela Faculdade de Medicina, em 15 de julho de 1882.
Ainda jovem, destacou-se como clínco de nomeada, possuidor de grande conhecimento científico.
Viajou para a Europa, ocasião em que frequentou vários serviços clíncios e laboratórios bacteriológicos da França, Alemanha e Áustria. Esteve na Algéria, país em que realizou importantes trabalhos anátomo-patológicos, em colaboração com o Prof. Cocher. Seus estudos motivaram o convite para fazer parte da Faculdade de Medicina de Medicina daquele país.
Regressando ao Brasil, dedicou-se ao estudo do cólera morbus, em companhia de Francisco Fajardo, Chapot Prévost e outros vultos proeminentes da medicina brasileira.
Foi Diretor do Museu da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e membro titular da Academia Nacional de Medicina.
Faleceu precocemente, antes de completar 39 anos de idade, no dia 21 de abril de 1899.
FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Guaraná, Armindo – Dicionário Biobiográfico Sergipano. Rio, 1926.
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PRÉDIOS HISTÓRICOS SÃO SIMÓLOS DE ARACAJU
Hádam Lima
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Desde a disposição das ruas em formato de tabuleiro de xadrez, passando pelo advento dos arranha-céus, até os dias atuais, uma série de intervenções urbanísticas modificou a face de Aracaju. Com a sucessão das gerações de aracajuanos e de novos padrões arquitetônicos, várias construções tornaram-se símbolos da capital sergipana. Entre as que resistiram ao tempo e continuam na memória estão o edifício Estado de Sergipe, o prédio da antiga alfândega e o Palácio Serigy, que sucedeu o famoso ‘Cadeião'.
Localizado em frente à praça General Valadão, no Centro de Aracaju, o Palácio Serigy foi inaugurado em 28 de novembro de 1938, para abrigar as secretarias de Estado da Saúde e Agricultura. Sua arquitetura, conforme o historiador Amâncio Cardoso, segue o estilo Art Déco. "É um prédio grande, com linhas retas, arrojadas", diz o historiador, destacando que as características remetem ao regime ditatorial imposto pela Era Vargas (1930-45).
Mas os aracajuanos que têm idade mais avançada, ou os mais novos que conhecem bem a história do município, lembram mesmo é de uma outra edificação que também marcou época naquele local. Construída no final do século XIX, a Cadeia Pública de Sergipe, popularmente chamada de ‘Cadeião', prometia ser a primeira a pensar num moderno sistema prisional para a época. "Era algo que não existia em Aracaju", comenta Amâncio. Segundo ele, antes disso os presos ficavam alojados em casebres alugados.
"A idéia era que fosse uma reclusão com trabalho, que o criminoso fosse reinserido na sociedade através do trabalho, mas era algo feito com muita precariedade", coloca o historiador. Apesar de possuir os instrumentos e material humano necessários, o sistema prisional, considerado um dos mais inovadores para os padrões de segurança pública daquela época, não foi bem administrado e acabou extinto.
"A Cadeia foi derrubada, os presos foram transferidos para o presídio do bairro América, que era ainda mais moderno, e naquele local, alguns anos depois, construíram outro prédio do mesmo porte", diz o historiador. Assim surgiu o palácio Serigy, que atualmente abriga apenas a secretaria de Estado da Saúde.
Alfândega
Mais antigo dos três prédios, a antiga alfândega de Aracaju foi erguida na segunda metade do século XIX, também na Praça General Valadão. O episódio que a deixou mais conhecida aconteceu após o desembarque do imperador Dom Pedro II e da imperatriz Dona Teresa Cristina, que chegaram a Sergipe no ano de 1860. "Foi ali no prédio da alfândega que ocorreu o baile durante a visita do imperador Dom Pedro e sua comitiva", afirma Amâncio Cardoso.
Localizado em frente à praça General Valadão, no Centro de Aracaju, o Palácio Serigy foi inaugurado em 28 de novembro de 1938, para abrigar as secretarias de Estado da Saúde e Agricultura. Sua arquitetura, conforme o historiador Amâncio Cardoso, segue o estilo Art Déco. "É um prédio grande, com linhas retas, arrojadas", diz o historiador, destacando que as características remetem ao regime ditatorial imposto pela Era Vargas (1930-45).
Mas os aracajuanos que têm idade mais avançada, ou os mais novos que conhecem bem a história do município, lembram mesmo é de uma outra edificação que também marcou época naquele local. Construída no final do século XIX, a Cadeia Pública de Sergipe, popularmente chamada de ‘Cadeião', prometia ser a primeira a pensar num moderno sistema prisional para a época. "Era algo que não existia em Aracaju", comenta Amâncio. Segundo ele, antes disso os presos ficavam alojados em casebres alugados.
"A idéia era que fosse uma reclusão com trabalho, que o criminoso fosse reinserido na sociedade através do trabalho, mas era algo feito com muita precariedade", coloca o historiador. Apesar de possuir os instrumentos e material humano necessários, o sistema prisional, considerado um dos mais inovadores para os padrões de segurança pública daquela época, não foi bem administrado e acabou extinto.
"A Cadeia foi derrubada, os presos foram transferidos para o presídio do bairro América, que era ainda mais moderno, e naquele local, alguns anos depois, construíram outro prédio do mesmo porte", diz o historiador. Assim surgiu o palácio Serigy, que atualmente abriga apenas a secretaria de Estado da Saúde.
Alfândega
Mais antigo dos três prédios, a antiga alfândega de Aracaju foi erguida na segunda metade do século XIX, também na Praça General Valadão. O episódio que a deixou mais conhecida aconteceu após o desembarque do imperador Dom Pedro II e da imperatriz Dona Teresa Cristina, que chegaram a Sergipe no ano de 1860. "Foi ali no prédio da alfândega que ocorreu o baile durante a visita do imperador Dom Pedro e sua comitiva", afirma Amâncio Cardoso.
Edifício Estado de Sergipe
Em 1970 o aracajuano ganha um motivo a mais para ter orgulho de sua terra: a cidade passa a abrigar o edifício mais alto do Nordeste - posto que perde três anos depois. Batizado Edifício Estado de Sergipe, o prédio fica mais famoso como ‘Maria Feliciana', numa alusão à ilustre sergipana que àquela época era considerada a mulher mais alta do país. "Foi um dos primeiros modelos da arquitetura moderna em Aracaju", comenta Amâncio.
Em 1970 o aracajuano ganha um motivo a mais para ter orgulho de sua terra: a cidade passa a abrigar o edifício mais alto do Nordeste - posto que perde três anos depois. Batizado Edifício Estado de Sergipe, o prédio fica mais famoso como ‘Maria Feliciana', numa alusão à ilustre sergipana que àquela época era considerada a mulher mais alta do país. "Foi um dos primeiros modelos da arquitetura moderna em Aracaju", comenta Amâncio.
Ainda hoje considerado o maior do Estado, o espigão de 28 andares e 96 metros de altura simboliza o início do período de desenvolvimento econômico de Sergipe. "Naquele período chegaram grandes empresas nacionais, como a Petrobras", lembra o historiador, explicando que o ‘Maria Feliciana' é composto por concreto armado e vidraças características da arquitetura moderna. Desde o seu lançamento, o edifício é ocupado pelo Banco do Estado de Sergipe (Banese) e por outras repartições públicas.
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