quarta-feira, 29 de junho de 2011

025- ALOYSIO COUTINHO NEVES


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Poucas informações obtivemos do epigrafado.
Nasceu em 1º de dezembro de 1907, em Salvador, Bahia, sendo seus pais Franquilino Pereira das Neves e Ana Barradas Neves.
Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1928, sendo por ela diplomado em 1º de janeiro de 1934.
Médico legista, dirigiu o Instituto Médico Legal e de Identificação de Sergipe.
Faleceu em 30 de janeiro de 1973.

FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Samarone, Antônio de, & Cols. Dicionário biográfico de médicos de Sergipe. Aracaju, 2009.

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MÉDICOS DA BAHIA E DE SERGIPE
ESTATÍSTICA:
Biografias de médicos da Bahia: 408
Biografias de médicos de Sergipe: 25
Total: 433.

024- ALMIR PIRES DE CARVALHO E ALBUQUERQUE


Nasceu em 5 de dezembro de 1929, na cidade do Salvador, Bahia, sendo seus pais Emílio Pires de Carvalho e Albuquerque e Cândida Julieta de Souza Pires e Albuquerque.
Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia em 1950, sendo por ela diplomado no dia 7 de dezembro de 1955.
Pós-graduado em saúde pública.
Exerceu a atividade de sanitarista, comissionado pelo Serviço Nacional de Saúde Pública (SESP) nos municípios de Propriá, Capela e Carmópolis.

FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Samarone, Antônio de, & Cols. Dicionário biográfico de médicos de Sergipe. Aracaju, 2009.
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MÉDICOS DA BAHIA E DE SERGIPE
ESTATÍSTICA:
Biografias de médicos da Bahia: 408
Biografias de médicos de Sergipe: 24
Total: 432
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Logo (sinete) da Fundação Serviço Especial de Saúde Pública (Fsesp)
Sinete (em madeira semelhante a uma placa) de autoria de Dom Basílio Penido, monge beneditino e médico. Foi composto em 1960 quando da transformação do Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp) em Fundação. A legenda - Salubritas Ubique Curanda – segundo o próprio autor, pode ser traduzida como – "Seja a saúde promovida por toda parte". A mensagem traduz fielmente o objetivo que a instituição sempre teve durante seus 49 anos de vida, desenvolvendo um trabalho sério, sistemático, infatigável e perseverante para melhorar o estado de saúde das pessoas das nossas comunidades rurais.

023- ALÍPIO CARDOSO FONTES DE MENEZES



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Nasceu no Engenho Novo, município de Santa Luzia, Sergipe, em 17 de julho de 1859, sendo seus pais Libânia Cardoso de Menezes e Lydia Fontes de Menezes.
Estudou no Colégio São José, em Salvador.
Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1877, por ela recebendo o grau de doutor em medicina em 16 de dezembro de 1882, oportunidade em que defendeu tese inautural subordinada ao título “Eletroterapia”.
Clinicou na cidade de Estância, onde foi delegado de higiene.
Faleceu precocemente, em 27 de maio de 1887.

FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Guaraná, Armínio – Dicionário bio-biográfico de Sergipe. Rio de Janeiro, 1927.
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MÉDICOS ILUSTRES DA BAHIA E DE SERGIPE
ESTATÍSTICA:
Bografias de médicos da Bahia: 408
Biografias de médicos de Sergipe: 23
Total: 431

022- ALFREDO THEODORO GUARANÁ



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Nasceu em 10 de maio de 1853, na cidade de São Cristóvão, Sergipe, sendo seus pais Theodoro Cordeiro Guaraná e Andrelina Moniz de Menezes Guaraná.
Estudou no Colégio São João, em Salvador (Bahia), e no Atheneu Sergipense, em Aracaju.
Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1881, por ela obtendo o grau de doutor em medicina no dia 18 de dezembro de 1886, oportunidade em que defendeu tese inaugural sobre a  albuminúria e sua importância diagnóstica.
Clinicou na vila de Itaporanga, Sergipe, onde foi comissionado para combater a epidemia que reinava no município.
Em dezembro de 1890, transferiu-se para São Paulo, onde clinicou  em Anápolis, São Carlos e Itatiba.
Em 1895, ocupou o cargo de inspetor sanitário da capital do estado, oportunidade em que prestou relevantes serviços.
Atuou denodamente no combate às epidemias de febre amarela, peste bubônica, varíola e tracoma.
Homem culto, médico competente e intelectualizado, colaborou em diversos periódicos paulistas e de Campanha (Minas Gerais).

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
Guaraná, Armínio. Dicionário bio-biográfico de Sergipe. Rio de Janeiro, 1927.
Samarone, Antônio de & Cols. Dicionário biográfico de médicos sergipanos . Aracaju, 2009.
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MÉDICOS DA BAHIA E DE SERGIPE
ESTATÍSTICA
Biografias de médicos da Bahia: 408
Biografias de médicos de Sergipe: 22
Total: 430

021- ALFREDO DE ACCIOLY PRADO



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Nasceu no Engenho Tábua, município de Divina Pastora, Sergipe, em 9 de fevereiro de 1874, sendo seus pais Francisco Lucino do Prado e Maria Accioly do Prado.
Iniciou os estudos em Aracaju, concluíndo-os em Salvador, Bahia.
Matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia em 1898, inscrevendo-se nos cursos de farmácia e de medicina, tendo concluído o de farmácia.
Faleceu em 1903, quando se encontrava no último ano do curso de medicina.
Aluno brilhante, teve a vida precocemente enterrompida, pelo que não foi possível colher os frutos de sua dedicação à ciência médica.
Além de conhecimentos científicos, era portador de reconhecido cabedal humanístico e literário. Colaborou, como escritor e polemista, nos jornais “O Estado de Sergipe” e “Progresso”, (editados em Maruim) e em jornais de Salvador, e interior da Bahia.
Nos jornais sergipanos, usou o pseudônimo de Teófilo Júnior. Nos jornais da Bahia, adotou o falso nome de Alípio Vidigal.
Consta ter sido o único estudante que pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico da Bahia.
Ao ingressar na Faculdade, foi convidado para colaborar no hebdomadário “O Livro” e nele publicou artigos literários e científicos.
É de sua lavra a monografia sobre a história do município de Divina Pastora, a qual dedicou ao Instituto Histórico e Geográfico da Bahia.
Em 1900, sob o pseudônimo de Estudante Sergipano, publicou  carta aberta ao Dr. Helvécio de Andrade, intitulada “Hereditariedade da Tuberculose”.
Sua tese de doutoramento, sob o nome de “Banhos de mar”, foi concluída poucos dias antes de sua morte mas não foi defendida.

FONTES BIBLIOLGRÁFICAS:
Guaraná, Armínio – Dicionário Bio-bibliográfico de Sergipe.
Rio de Janeiro: Editora Pongetti, 1925.
Santana, Antônio Samarone de & Cols. –Dicionário Biográfico de médicos de Sergipe. Academia Sergipana de Medicina. Aracaju, 2009.



terça-feira, 28 de junho de 2011

020- ALEXANDRE GOMES DE MENESES NETO


ALEXANDRE GOMES DE MENESES NETO

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Nasceu em 8 de julho de 1926, em Pernambuco, sendo seus pais Alcindo Soares Meneses e Alice da Costa Meneses.
Diplomou-se pela Faculdade de Medicina do Recife, em 8 de dezembro de 1952.
Realizou cursos de especialização e estágios, sobre doenças parasitárias e endemias rurais.
Sócio da Sociedade Brasileira de Higiene, da Sociedade de Higiene de Pernambuco, da Associação Médica Brasileira e Ex-presidente da Sociedade de Medicina de Sergipe.
Exerceu cargos de chefia na área de endemias  rurais e doenças parasitárias em Pernambuco, Paraíba e Sergipe.
Neste último estado da federação, dirigiu o Serviço de Combate ao Tracoma e coordenou a Campanha Nacional contra a Varíola.
É Professor Titular de Parasitologia da Unversidade Federal de Sergipe, Membro Emérito da Academia de Medicina de Sergipe e autor de trabalhos científicos e de pesquisa, notadamente sobre tracoma, varíola e esquistossomose.

FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Batista e Silva, Henrique –História da Medicina em Sergipe. Aracaju, 2007.

019- ALEXANDRE COSTA


 
 
 
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Ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Sergipe em 1989, sendo por ela diplomado em 1944.
Após a formatura, seguiu para Salvador, Bahia, onde se especializou em ginecologia e obstetrícia.
Em 1996, mediante concurso público, tornou-se médico da Prefeitura Municipal de Boquim, no interior de Sergipe, e iniciou  a atividade profissional naquela cidade.
Em 1997, assumiu a direção clínica da Unidade Mista Dr. Bernardino Mitidieri e, no ano seguinte, a Secretaria Municipal de Saúde daquele município.
Naquele mesmo ano, tornou-se pioneiro na realização de video-laparoscopia no interior de Sergipe.
Em 2000, transferiu-se para a cidade de Estância,  onde assumiu o cargo de médico obstetra, na maternidade regional.
Em 2002, foi aprovado em concurso público para o quadro de médicos do Governo do Estado, obtendo, no mesmo ano, o título de especialista em ginecologia e obsterícia, conferido pela Associação Médica Brasileira.
Em 2005, recebeu o “Certificate os Competence in Ultrasound Examination”, da Fetal Medicine Foundation, Londres, Inglaterra, e o título de especialista em ultrassonografia (Associação Médica Brasileira).
É membro titular da Sociedade Brasileira de Ultrassonografia, pós-graduado em medicina fetal, membro fundador e diretor da Associação Sergipana de Ultrassonografia.

018- ALEXANDRE DE OLIVEIRA FREIRE


ALEXANDRE DE OLIVEIRA FREIRE

 

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Nasceu no Engenho Carvão, município de Divina Pastora, Sergipe, no dia 14 de dezembro de 1854, sendo seus pais Alexandre Freire do Prado e Maria Etelvina de Oliveira.
Estudou humanidades na Cidade do Salvador, Bahia e, posteriormente, em Recife e Aracaju.
Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1878, por ela recebendo o grau de doutor em medicina em 15 de dezembro de 1883, depois de defender tese inaugural sobre “Hidroterapia”, tema muito atual para a época.
Logo após a formatura, dedicou-se à agricultura e, logo em seguida,  à clínica médica em geral, nas cidades de Divina Pastora e Nossa Senhora das Dores.
Elegeu-se deputado estadual, para o biênio 1896/1897.
Foi Delegado de Higiene em Divina Pastora e em Nossa Senhora das Dores. Nomeado Intendente Municipal deste município, ocupou a elevada função durante os anos 1912 e 1913.
Em 1914, transferiu-se para Aracaju, onde instalou consultório e exerceu cargos públicos, inclusive o de Intendente Municipal (1915/1918).
Foi membro efetivo do Conselho Superior de Instrução Pública (1918), Diretor do Grupo Escolar General Valadão (1918) e membro do Conselho Superior de Ensino (1922-1923).
Em 1924 passou a servir na Diretoria Geral de Higiene e Saúde Pública.
Referindo-se ao perído em que Alexandre de Oliveira Freire , foi Intendente de Aracaju, eslcarece Lúcio Prado Dantas: “Aracaju da década de 10 era uma cidade precária, sem saneamento. Apenas um hospital atendia à população. Para se ter uma idéia do caos, em 1916 os óbitos superavam os nascimentos numa proporção de 4 para 1. Epidemias de varóla e gripe espanhora atingiam a população indefesa. Em 1918, um surto de gripe espanhola se espalhou por todo o estado e deixou quase 1.000 mortes. Aracaju era a cidade dos “grandes pântanos”. Os esforços iniciados por Rodrigues Dória, Oliveira Valadão e Pereira Lobo para suprir a cidade de água potável e rede de esgotos não haviam sido suficientes para controlar tais epidemias. Na década de 20, mais intensamente no governo de Graccho Cardoso, grandes iniciativas culminaram com a criação do Instituto Parreiras Horta e a inauguração do Hospital de Cirurgia.”
Alexandre de Oliveira Freire faleceu em 19 de maio de 1932, na cidade de Aracaju.

FONTES BIBLOGRÁFAICAS:
1- Guaraná, Araminio - Dicionário Biobliográfico de Sergipe. Aracaju, 1925.
2- Prado Dantas, Lúcio- ALEXANDRE DE OLIVEIFA FREITE. Academia Sergipana de Medicina, 2006.
3-Santana, Antônio Samarone de & Cols. Dicionário biográfico de médicos de Sergipe: séculos XIX e XX. Aracaju, 2009.
4-Aracaju e Seus Prefeitos Médicos. Disponível em http://antonio_samarone.blog.uol.com.br/listArchive.html. Acesso em 21 de abril de 2007

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SERGIPE E A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA



"A Proclamação da República, a despeito da pregação constante e fervorosa dos seus apóstolos, através de quasi duas dezenas de anos, antes, e do afrouxamento do apreço das classes mais esclarecidas ao velho regime, constituiu surpreza para a nação.
O que se pretendia no momento em que ela abrolhou era um reajustamento nas diretivas do governo e não a queda do regime. A reação, porem, contra o Gabinete mal visto, pôs em evidencia a debilidade da monarquia reinante e a possibilidade de triunfo imediato para o ideal republicano.
Deste modo os promotores do movimento reacionario aproveitaram a experiencia que os acontecimentos lhes trouxeram e desferiram o golpe facil contra o caduco regime que descambou rapidamente para o acaso.
Pelas dificuldades de comunicação da epoca, a noticia do grande acontecimento chegou a Sergipe um tanto retardada e de certo modo dubidativa. Pelo seu inesperado, não estando o meio suficientemente aparelhado para receber o regime democrático, houve alguma confusão e até episódios pitorescos.
O então chefe de governo do Estado, Dr. Tomaz Rodrigues da Cruz, homem sereno, sem excessos de ardor partidario, incapaz de atos irrefletidos, não cogitou de organizar reação, mas de entregar o governo a quem estivesse nas condições de recebe-lo, pois qualquer resistencia seria inutil.
A vida politica de Sergipe sofreu verdadeiro espamo, ao sair do regime constitucional para a ditadura. Deste modo só um pouco tarde se cuidou de fazer entrarem os municipios nos moldes da nova ordem.
Coube essa missão ao governador provisorio, Dr. Felisbelo Freire.
Por Decreto de 2 de Janeiro de 1890 dissolveu ele a Camara desta Capital e nomeou um Conselho de Intendencia composto de cinco membros, para o qual nomeou os cidadãos Dr. Olinto Rodrigues Dantas, Padre Olimpio de Souza Campos, Dr. José de Siqueira Menezes, Professor Manuel Francisco Alves de Oliveira e Domingos Santiago.
A Constituição de 18 de Maio de 1892, determinou que esse Conselho, já em outras mãos, administrasse o município até 31 de Dezembro desse ano, sucedendo-lhe, a 1º de Janeiro de 1893, o Intendente e o Conselho Municipal eleitos para o quatrienio de 1893 a 1895...".

Epifanio Doria
Texto extraído da Revista de Aracaju - 1943 nr 1.






quinta-feira, 23 de junho de 2011

017- ALENCAR MOTA

 
 
ARACAJU: PRAÇA FAUSTO CARDOSO, DÉCADA DE 50 (SÉCULO XX)

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Baiano de nascimento, natural de Muritiba, recôncavo da Bahia, onde nasceu em 17 de abril de 1894.
Seus pais foram Sabino Santiago da Mota e Etelvina Dantas Mota.
Realizou os estudos iniciais em sua terra natal, completando-os na cidade do Salvador, capital da Bahia, onde ingressou na Faculdade de Medicina em 1913.
Diplomado em 1918, iniciou a vida profissional em Aracaju, onde permaneceu por muitos anos, merecendo a amizade e a admiração de clientes, amigos e admiradores.
Faleceu em 10 de fevereiro de 1981, com quase 96 anos de idade.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
Santana, Antônio Samarone de & Cols.- Dicionário Biográfico de médicos de Sergipe: séculos XIX e XX. Aracaju, 2009.
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Terça-feira, 16 de março de 2010


ARACAJU, A HISTÓRIA DA MUDANÇA DA CAPITAL

155 ANOS DE MUITA HISTÓRIA
(Texto de Luis Fernando Soutelo escrito em 1999)

Luiz Fernando R. Soutelo
http://fontesdahistoriadesergipe.blogspot.com/2010/03/aracaju-historia-da-mudanca-da-capital.html
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Há exatamente cento e quarenta e quatro anos, completados a 17 de março de 1999, uma resolução da Assembléia Provincial elevava "o povoado de Santo Antônio do Aracaju à categoria de Cidade" e transferia para ele a capital da Província, até então situada na vetusta São Cristóvão, onde se instalara depois de outras localizações a principal povoação de Sergipe nos primeiros anos do século XVII.



A mudança da capital, no entanto, não resultou apenas da iniciativa do Presidente Inácio Barbosa, mas foi decorrência de uma fusão de fatores internos, originados na Província, e externos, que resultam de causas políticas e econômicas nacionais.
Sergipe, como as demais províncias do Império, vivia a fase de euforia econômica e de crescimento das cidades como resultado do declínio do patriarcado rural, cujos maiores representantes procuram os centros urbanos, que passam a ser ponto de contato político e de realização de negócios.




Por outro lado, os grupos políticos provinciais, representados pelos "rapinas" (liberais) e pelo "camundongos" (conservadores) - farinha do mesmo saco, porque uns e outros saíam sempre da aristocracia rural e procuravam mantê-la no poder foram reaproximados pelo Presidente Inácio Barbosa, ao mesmo tempo em que realizava uma "ação moralizadora", mantendo a província em paz.
Compreendia o Presidente Inácio Barbosa a importância do açúcar como principal produto de exportação de Sergipe, sofrendo a concorrência internacional e as conseqüências de um quadro interno adverso (concorrência do café no sul, a extinção do tráfico negreiro que obrigava o deslocamento interno de escravo). Procurava corrigir esses problemas através da redução de impostos e do encaminhamento de providências para aperfeiçoar os processos de produção.
Ao mesmo tempo, com uma perfeita consciência dos problemas da Província que passara a governar, tentava organizar, segundo o projeto do Comendador Travassos, uma companhia de reboques a vapor "que deveria agir na Barra da Cotinguiba, com a finalidade de atrair os negreiros às nossas plagas".




E porque a barra do Cotinguiba (nome pelo qual, até a década de 20 deste século, se conhecia o rio que banha Aracaju)? Nada mais, nada menos porque era por ela que exportava o açúcar em maior abundância. Em 1854, 25.000 caxias de açúcar saíam pela foz do Cotinguiba, enquanto 10.000 outras eram exportadas por todas as outras barras.
Antes mesmo de propor a transferência da capital, a partir de novembro do ano anterior, Inácio Barbosa dava os primeiros passos para concretizar a medida, mudando para as praias do Aracaju a Alfândega e a Mesa de Rendas Provinciais, criando uma agência dos Correios e uma subdelegacia de Polícia e reformando a atalaia da Cotinguiba.
Depois de uma reunião preliminar no engenho Unha do Gato, de propriedade do Barão de Maruim, o Presidente convocou a Assembléia Provincial para uma reunião em Aracaju, numa das poucas casas que aí existia, o que se concretizaria no dia 2 de março. "A Assembléia, colhida quase de surpresa, recebia em seu recinto o projeto elevando o povoado Santo Antônio à categoria de cidade e transferindo para ele a capital da Província. As sessões arrastaram-se com uma falta de brilho que não condizia absolutamente com a natureza da matéria discutida. Antes a grandiosidade do projeto e a discussão se fez em ambiente sereno. Não porque faltassem oposicionistas, mas sua linguagem não foi tonitruante.



Os próprios deputados do Governo não pareciam acordes com as idéias do Presidente de que resultou a falta de brilho na defesa do projeto. O panorama desolado das praias do Aracaju, com seus areais e seus brejos, desenrolando-se tão aos olhos dos deputados, não podia deixar de exercer sobre eles uma ação negativa"


O certo é que, apenas com dois votos discordantes os de Martinho Garcez e do Vigário Barroso, o projeto foi aprovado, e a 17 de março de 1855 o Presidente Inácio Barbosa homem do seu tempo e que compreendeu a importância da medida sancionada a resolução no 413, cujo significado deverá ser sempre evidenciado porque, como diz o historiador Fernando Porto, representou "uma verdadeira subversão política, econômica e social; deslocou para o norte o centro de gravidade da política local, alterou o intercâmbio de mercadorias".
Em resumo, poderíamos dizer, como fez o historiador Fernando Porto, que "Aracaju foi uma das mais felizes vitórias da Geografia".

016- ALCIDES BRASIL DE OLIVEIRA GÓES

BELÉM DO PARÁ, INÍCIO DO SÉCULO XX 

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Nasceu em Idiaroba, Sergipe, no dia 30 de março de 1876, sendo seus pais Manoel Brasil de Oliveira Góes e Francisca Machado Góes.
Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1894, sendo por ela diplomado em dezembro de 1899, após defender tese inaugural sobre “oftalmia purulenta dos recém-nascidos”.
Concluido o curso médico, estabeleceu-se em Belém do Pará onde exerceu a clínica, tornando-se um profissional de elevado conceito, pelo que exerceu função pública dirigindo, inclusive, o Serviço Sanitário da capital paraense.
Faleceu em Belém, no dia 7 de abril de 1921.

terça-feira, 21 de junho de 2011

015- ALBINO FIGUEIREDO MELO

 
ALBINO FIGUEIREDO MELO

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Nasceu em Nossa Senhora das Dores, Sergipe, no dia 18 de maio de 1932, sendo seus pais Valdeck Figueiredo Melo e Castorina Figueiredo Melo.
Fez parte da primeira turma de médicos da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, em Salvador, Bahia (1958).
Após a formatura, iniciou a vida profissional em Aracaju, como obstetra e como obstetra trabalhou no Hospital Santa Isabel, na Maternidade Francino Melo e na Maternidade João Firpo, bem como IAPTEC.
Dedicou-se à vida acadêmica, regendo a disciplina de Clínica Ginecológica, na Faculdade de Medicina de Sergipe.
Foi diretor do Pronto Socorro do Hospital de Clínicas Dr. Augusto Leite.
Participou de instituições científicas e culturais, inclusive da Word Association for Gynecological Cancer Prevention e do College of Surgeons.
Faleceu em Aracaju,  no dia 28 de outubro de 2005.

014- ALBANO DO PRADO PIMENTEL FRANCO JÚNIOR


ENGENHO DE AÇUCAR, NO INTERIOR DE SERGIPE

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Nasceu no engenho São José, município de Laranjeiras, Sergipe, no dia 16 de agosto de 1880, sendo seus pais Albano do Prado Pimentel Franco e Maria Rosa Franco.
Fez os preparatórios no Colégio São Salvador, na capital baiana.
Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1897, sendo por ela diplomado em medicina (1903) e em farmácia (1900).
Clinicou em Divina Pastora, Simão Dias e Aracaju.
Na capital sergipana, foi médico da saúde do porto nos anos de 1913 e 1918.
Foi deputado estadual constituinte, de 1912 a 1913.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
Guaraná, Armindo – Dicionário Biobibliográfico Sergipano. Rio, 1925.
Santana, Antônio Samarone de & Cols. Dicionário biográfico de médicos de Sergipe: séculos XI}X e XX. Aracaju, 2009.

012- ADOLFO BARBOSA GÓIS

ASSOCIAÇÃO MÉDICA DE LONDRINA

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Nasceu em 27 de setembro de 1912, em Frei Paulo, Sergipe, sendo seus pais Germino José de Góis e Antônia Glicéria Leal.
Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1931, sendo por ela diplomado em 1936.
Iniciou a vida profissional em Londrina, Paraná, onde foi clínco de renome.
Em 1941, fundou naquela cidade a Associação Médica do Paraná e um hospital de emergência, do qual foi diretor.
Em 1953, criou a Casa de Saúde São Leopoldo, sendo seu presidente por muitos anos.
Após ter atuado como clínico geral durante muitos anos, fez um estágio do Instituto Dante Pazanele, em São Paulo, e especializou-se em cardiologia.
Cidadão Honorário de Londrina, criador do Instituto de Cardiologia de Londrina e do Centro Norte Paranaense de Pesquisa, recebeu da classe médica e da sociedade do norte do Paraná, justo reconhecimento e elevado conceito.
FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Santana, Antônio Samarone de & Cols. Dicionário biográfico dos médicos de Sergipe: séculos XIX e XX. Aracaju, 2009.

013- AIRTON MENDONÇA TELES

AIRTON MENDONÇA TELES 

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Nasceu em 7 de outubro de 1924, na cidade de Itabaiana, Sergipe, sendo seus pais Manoel Francisco Teles e Maria de Mendonça Teles.
Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1942, sendo por ela diplomado em medicina no ano de 1947.
Ingressou na carreira política, sendo eleito deputado estadual (1951-1954) e, em seguida, deputado federal (1955-1959).
Clinicou durante muitos anos em Aracaju.
Faleceu ainda jovem, com 35 anos de idade, em um acidente aéreo que o vitimou em 25 de junho de 1960.

FONTE BIBLIOGRÁFICA:

Santana, Antônio Samarone de & Cols. Dicionário Biográfico de médicos de Sergipe: séculos XIX e XX. Aracaju, 2009.

012

ASSOCIAÇÃO MÉDICA DE LONDRINA

*

Nasceu em 27 de setembro de 1912, em Frei Paulo, Sergipe, sendo seus pais Germino José de Góis e Antônia Glicéria Leal.
Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1931, sendo por ela diplomado em 1936.
Iniciou a vida profissional em Londrina, Paraná, onde foi clínco de renome.
Em 1941, fundou naquela cidade a Associação Médica do Paraná e um hospital de emergência, do qual foi diretor.
Em 1953, criou a Casa de Saúde São Leopoldo, sendo seu presidente por muitos anos.
Após ter atuado como clínico geral durante muitos anos, fez um estágio do Instituto Dante Pazanele, em São Paulo, e especializou-se em cardiologia.
Cidadão Honorário de Londrina, criador do Instituto de Cardiologia de Londrina e do Centro Norte Paranaense de Pesquisa, recebeu da classe médica e da sociedade do norte do Paraná, justo reconhecimento e elevado conceito.
FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Santana, Antônio Samarone de & Cols. Dicionário biográfico dos médicos de Sergipe: séculos XIX e XX. Aracaju, 2009.

011- ADÉRICO CALDAS

 
PROPRIÁ, SERGIPE

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Nasceu em 17 de fevereiro de 1923, em Salvador, Bahia, sendo  seus pais Fernando Ferreira Caldas e Elsina de Farias Caldas.
Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em março de 1945, sendo por ela graduado em 14 de dezembro de 1950.
Foram seus colegas de turma, além de outros, Zilton Andrade, Geraldo Leite, Maria de Lourdes Rocha Santos Burgos e José dos Santos Pereira.
Fez curso de pós-graduação em Saúde Pública e, como sanitarista, prestou relevantes serviços, notadamente no município de Propriá.
Foi sócio jubilado da Sociedade de Medicina de Sergipe e da Associação Médica Brasileira.
Faleceu em 8 de maio de 1996.

FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Santana, Antônio Samarone de & Cols.- Dicionário biográfico de médicos de Sergipe: séculos XIX e XX. Aracaju, 2009.
Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em março de 1945, sendo por ela graduado em 14 de dezembro de 1950.
Foram seus colegas de turma, além de outros, Zilton Andrade, Geraldo Leite, Maria de Lourdes Rocha Santos Burgos e José dos Santos Pereira.
Fez curso de pós-graduação em Saúde Pública e, como sanitarista, prestou relevantes serviços, notadamente no município de Propriá.
Foi sócio jubilado da Sociedade de Medicina de Sergipe e da Associação Médica Brasileira.
Faleceu em 8 de maio de 1996.

FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Santana, Antônio Samarone de & Cols.- Dicionário biográfico de médicos de Sergipe: séculos XIX e XX. Aracaju, 2009.

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asceu em 17 de fevereiro de 1923, em Salvador, Bahia, sendo  seus pais Fernando Ferreira Caldas e Elsina de Farias Caldas.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

010- ADELMAR REIS

 

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Nasceu em 12 de maio de 1927, na cidade de Colinas, Maranhão, sendo seus pais Jayme Reis e Elodie Reis.
Matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia, em 1949, sendo por ela diplomado em 1954.
Exerceu a profissão em Salvador, Bahia, como cirugião, ginecologista e obstetra  e, logo depois, em Itabuna, no mesmo estado.
Ingressou nas forças armadas como paraquedista, quando se especializou em medicina aerotransportada e em medicina do esporte.
Lotado no Hospital Central do Exército, no Rio de Janeiro, mereceu o reconhecimento e a admiração de seus companheiros de arma.
Transferido para o 28º Batalhão de Caçadores, em Aracaju, assumiu a chefia da Junta Militar de Saúde daquela unidade e do Banco de Sangue do Hospital Santa Isabel.
Também trabalhou como médico plantonista da maternidade do hospital acima referido.
Chefiou a Perícia Médica do Instituto Nacional de Seguridade Social e atuou como médico no Instituto de Previdência do Estado de Sergipe.
Nos últimos anos, transferiu-se para a cidade de Itaporanga (Sergipe), onde peermanece atendendo seus clientes, sobretudo, os mais necessitas e desprotegidos pela sorte.

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VIGÉSSIMO OITAVAO BATALHÃO DE CAÇADORES
ARACAJU, SERGIPE

009- SERGIPE: ADALBERTO VIEIRA DANTAS

MARUIM, SERGIPE

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Nasceu em Maruim, em 14 de fevereiro de 1900, sendo seus pais Francisco Correia Dantas Filho e Antônia Vieira de Melo.
Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1922, onde se matriculou no curso de farmácia, concluindo-o em 1925.
Em 1933, matriculou-se no curso de medicina da mesma faculdade, diplomando-se em 28 de janeiro de 1938.
Exerceu a medicina com dedicação, pelo que foi homenageado pelos colegas, tanto da Sociedade Médica de Sergipe, quanto pela Associação Médica Brasileira, no ano de 1987.
Faleceu em Aracaju, no dia 31 de dezembro de 1996, com 96 anos de idade.

FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Santana, Antônio Samarone e Cols.- Dicionário biográfico de médicos de Sergipe: séculos XIX e XX. Aracaju, 2009.

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HISTÓRIA DA CIDADE DE MARUIM


Sergipe nasceu em Maruim. A frase pode parecer, mas não é nada exagerada. Basta que se conheça a fantástica história daquele município, que fica na região do Cotinguiba, a 30 quilômetros de Aracaju. Recentemente a bióloga e historiadora Maria Lúcia Marques Cruz e Silva, filha de Maruim, expôs achados históricos do município. São milhares de peças e documentos que revelam o apogeu e a decadência do Empório de Sergipe.
Empório, sim. Boa parte dos grupos empresariais de sucesso em Sergipe nasceu em Maruim. A força econômica e política desse município era tanta que foram instalados lá oito consulados. A cana-de-açúcar e o algodão atraíam os europeus, que em Maruim montaram colônias. O primeiro povoamento nasceu no encontro dos
rios Sergipe e Ganhamoroba. Aos arredores do Porto das Redes (antiga Alfândega de Sergipe), surge Mombaça. Mas os ataques dos mosquitos obrigaram os poucos habitantes a se mudar dali.
O português Manoel Rodrigues de Figueiredo permite que as pessoas fugidas do Mombaça construam suas casas dentro de suas terras, no Engenho Maruim de Baixo. Outro português, José Pinto de Carvalho, construiu um grande armazém (trapiche) para negociar com o ouro da terra, que era o açúcar nas terras de Manoel Rodrigues.
Depois de desavenças entre José Pinto e Manoel, Maruim passa a ser dependente de Santo Amaro e depois de Rosário do Catete. As brigas terminaram na chamada Revolução de Santo Amaro. As confusões só acabaram em 1835, quando o governador da Província, Manoel Ribeiro da Silva
Lisboa, transformou Maruim em uma vila e no ano seguinte ela virou cidade.
Para a história oficial, o fundador de Maruim foi José Pinto de Carvalho. Foi ele quem governou a recém-criada Vila de Maruim, e quem empossou o primeiro prefeito, Luís Barbosa Madureira.
Significado do Nome
O nome da cidade vem do inseto maruim (os antigos chamavam Maroim), que em Tupi significa mosca pequena ou mosquito. Nome científico: Ceratoponídeos.



008- SERGIPE: AGRIPINO RIBEIRO PONTES



Filho de Ana Joaquina de São José, nasceu em 27 de abril de 1850 e ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1869 por ela sendo diplomado em 1874, quando defendeu tese sobre um tema muito atual para a época: “Histologia dos rins e suas alterações mórbidas na albuminúria e na doença de Bright”

MERCADO PÚBLICO DE PORTO ALEGRE, EM 1875
(ANO EM QUE AGRIPINO RIBEIRO PONTES FOI SERVIR NO RIO GRANDE DO SUL)
OBSERVAR A ARBORIZAÇÃO NO INTERIOR DO MERCADO
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Tendo concluído o curso médico, ingressou no exército e foi destacado para servir no Rio Grande do Sul, ali permanecendo até 1891.
Depois, foi transferido para o Amazonas e, logo em seguida, para o Espírito Santo.
Em 1895, serviu no Ceará, como Chefe do Serviço Sanitário daquele estado.
Em 1897, tomou parte na Campanha de Canudos e, no ano seguinte, foi transferido para o Mato Grosso (Cuiabá).
Serviu também no  estado de Santa Catarina, onde permaneceu até 1905.
No final de sua carreira, foi transferido para Salvador (Bahia) e alí foi reformado, no posto de tenente-coronel.
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Exército era treinado por instrutores belgas baseados em manuais franceses

Foto: Soldados do Exército Brasileiro que atuaram no ataque contra Canudos.

A versão oficial de toda guerra, que passa para os livros de história como o entendimento real e "verdadeiro" de um fato, é sempre aquela apresentada e analisada pela parte vencedora do conflito, sem que jamais os derrotados possam expor suas opiniões. A chamada Guerra de Canudos, Revolução de Canudos ou Insurreição de Canudos foi na verdade, assim como a Guerra do Paraguai (1865-1870), um massacre promovido pelo Exército Brasileiro.

As peças de artilharia atolavam na areia fina do sertão, e a roupa vermelha dos oficiais, em contraste com o árido cenário nordestino, tornava-os alvos fáceis para os combatentes de Canudos.

O jornal ‘O Estado de São Paulo’ enviou o escritor Euclides da Cunha para cobrir o massacre de Canudos em 1897. As reportagens deram origem ao clássico da literatura brasileira ‘Os Sertões’, publicado 5 anos depois do fim do massacre, em 1902.
FONTE: http://orebate-cassioribeiro.blogspot.com/2008_01_01_archive.html